Traumatologia: Politraumatismo de face. Utilizam-se fixações internas rígidas com placas e parafusos nos ossos para fraturas nos ossos da face. O segmento da odontologia responsável pela avaliação e correção das injúrias cometidas na face é a cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial.
Estas injúrias podem estar ligadas a uma ou mais estruturas da face dependendo do tipo de trauma cometido e sua intensidade. O trauma de face pode resultar numa alteração funcional e estética de poucas ou várias estruturas conjuntas da face. Boca, língua, lábios, olhos, pálpebras, dentes e ossos maxilares podem ter sérios danos em sua anatomia normal como cortes, lacerações e fraturas.

Etiologia do trauma: sua extensão e severidade variam muito, levando-se em conta a idade e as condições gerais de saúde do paciente. Normalmente, traumas automobilísticos respondem pelos epsódios de maior gravidade e podem envolver maior complexidade, mas outras injúrias podem advir da prática de esportes radicais, lutas de contato, perfurações por arma de fogo e quedas de própria altura naqueles pacientes com dificuldade de locomoção e estabilidade postural.

Cirurgia oral menor: São cirurgias de pequeno porte, que podem ser realizadas no próprio consultório, sob anestesia local. Dentre os tratamentos cirúrgicos, podemos destacar: extrações simples de dentes infectados, fraturados ou para fins ortodônticos, seriadas ou dentes inclusos (como os sisos, por exemplo), remoção cirúrgica do freio labial superior, freio lingual, labial inferior, cirurgias bucais de pequeno porte e pequenas correções ósseas.

Cirurgia plástica gengival: Enxertos gengivais com o intuito de ganhar volume gengival, cirurgias de recobrimento radicular para casos onde o paciente tem retração da gengiva e plastias gengivais para melhorar o contorno e o festonado gengival ao redor dos dentes.

Implantodontia: planejamento e instalação de implantes nos ossos maxilares, os quais substituirão os dentes perdidos.

Enxertos ósseos: cirurgia para repor a perda do tecido ósseo para que a instalação do implante seja possível. Com a perda dos dentes, perdemos também tecido ósseo e tecido mole (gengiva). Portanto, estas estruturas deverão ser recuperadas para que o melhor resultado estético-funcional seja alcançado.

Patologia Cirúrgica: remoção de lesões císticas e tumorais. Estas cirurgias são conhecidas como biópsias, podendo ser parciais ou totais. Involvem tanto lesões no tecido ósseo como em tecidos moles.

Cirurgia Pré-Protética: Cirurgia pré-protética é aquela realizada com o objetivo de facilitar a adaptação, retenção e manutenção de uma prótese dentro da boca. Esta prótese pode ser uma prótese fixa ou removível, parcial ou total. Durante a cirurgia osso e tecido mole (gengiva e músculos) são manipulados de modo que a instalação da futura prótese ocorra sem interferências. Alguns exemplos de cirurgia pré-protética incluem os implantes dentários, enxertos ósseos, reposicionamento de nervo, aprofundamento de vestíbulo, melhora do contorno ósseo, e remoção de tecidos em excesso, tanto de osso como de tecido mole.

Cirurgia Ortognática: A cirurgia ortognática é um tratamento indicado para pessoas que têm deformidades envolvendo os ossos da face e os dentes, visando restabelecer o equilíbrio anatômico da face. Quando não for possível resolver o caso somente com o aparelho ortodôntico, uma vez que o problema está no tamanho dos ossos do esqueleto e não somente na posição dos dentes, faz-se necessário uma correção óssea.

As deformidades dos ossos da face podem se originar de distúrbios de crescimento, síndromes e anomalias específicas, traumas na face, ou serem de origem genética, dentre outros fatores. Essas alterações podem estar localizadas num osso, como no prognatismo mandibular (mandíbula grande) ou no retrognatismo mandibular (mandíbula pequena), sendo que muitas vezes é um problema combinado, associando o maxilar superior à mandíbula. Por exemplo, quando a mandíbula for grande e o maxilar superior for pequeno, será necessário operar os dois ossos, com o posicionamento cirúrgico da mandíbula para trás e do maxilar superior para a frente.

O paciente deverá realizar uma documentação ortodôntica completa, em local especializado em radiologia odontológica, para que os profissionais ( Cirurgião Buco Maxilo Facial e Ortodontista ) analisem as correções necessárias através de um tratamento ortodôntico-cirúrgico-ortodôntico. Isto é, inicia-se com a ortodontia preparando os dentes por período que varia de seis meses a um ano (primeira etapa), a partir daí planeja-se a cirurgia ortognática, fazendo uma moldagem de estudo e confeccionando modelos de gesso e montagem em articulador; opera-se o paciente e, logo que se recupere, a ortodontia realizará os últimos ajustes na oclusão.

Antes da cirurgia, o paciente deverá realizar alguns exames complementares. A cirurgia é realizada em ambiente hospitalar e sob anestesia geral, envolvendo normalmente dois cirurgiões, um instrumentador e uma equipe multidisciplinar. A cirurgia é realizada totalmente por dentro da boca, não deixando cicatriz na face e, dependendo do porte da cirurgia e recuperação da anestesia, a alta hospitalar é dada ao paciente na manhã do dia seguinte.

A correção das deformidades faciais através da cirurgia ortognática traz grandes benefícios aos pacientes operados, com sensível melhora na relação entre os dentes, músculos, ossos, respiração, fonação, posição da língua, articulação temporo-mandibular (ATM), mastigação, digestão e em muitos casos, no relacionamento social. A Cirurgia Ortognática moderna busca um equilíbrio das funções mastigatória, respiratória e da beleza estética.